Resumo
Objetivo
avaliar indicadores de sofrimento e prazer em trabalhadores de saúde na linha de frente do cuidado aos casos suspeitos ou confirmados de COVID-19.
Método
estudo exploratório, analítico, transversal, com abordagem quantitativa. A amostra estudada foi constituída por 437 profissionais da saúde convidados por meio eletrônico, que responderam ao questionário sobre informações sociodemográfica, aspectos ocupacionais e condições clínicas. Foram considerados como desfechos o sofrimento e o prazer no trabalho, os quais foram analisados com regressão logística multinomial quanto às variáveis independentes associadas.
Resultados
a maioria dos participantes era do sexo feminino (71,0%), enfermeira (55,6%), com jornada de trabalho semanal de 40 horas ou mais (75,8%); 61,6% dos participantes estavam em sofrimento mental. As características psicossociais do trabalho de alta exigência e de baixo apoio social foram informadas, respectivamente, por 23,8% e 52,9% dos participantes. Na análise múltipla, o sofrimento e a falta de prazer no trabalho estiveram associados com a alta exigência no trabalho, baixo apoio dos colegas de trabalho e sofrimento mental. A profissão também está associada ao sofrimento no trabalho.
Conclusão
o sofrimento e a falta de prazer no trabalho estão associados às características ocupacionais e ao desgaste mental entre trabalhadores da saúde no cenário da COVID-19.
Descritores:
Saúde do Trabalhador; COVID-19; Sofrimento Psicológico; Prazer; Pessoal de Saúde; Pandemia por COVID-19