Objetivos: compreender a percepção de enfermeiros de unidades de pronto atendimento sobre a violência vivenciada no trabalho.
Método: estudo qualitativo realizado por meio de 21 entrevistas individuais entre novembro e dezembro de 2018 em duas unidades de pronto atendimento de uma cidade paranaense. Foi adotado o Interacionismo Simbólico como referencial teórico e a técnica de Análise de Conteúdo Temática para avaliar os dados.
Resultados: da categoria temática vivenciando a violência psicológica no cotidiano laboral do enfermeiro evidenciou-se que esteve relacionada com ameaças contra as suas vidas, xingamentos, humilhações, constrangimentos, tentativa de denegri-los, bem como pela pressão dos subordinados. Já na categoria vivenciando a violência física no cotidiano laboral do enfermeiro verificou-se que foi impetrada por meio de empurrões, puxões de cabelo, arremesso de objetos, presença de armas de fogo e de facas e, até, o presenciamento de assassinato.
Conclusão: os enfermeiros sofreram atos de violência por pessoas externas e internas, das próprias unidades de pronto atendimento. Os gestores, os enfermeiros e a sociedade precisam olhar reflexiva e criticamente para as violências que acontecem e implementar ações para evitá-las e, assim, propiciar um ambiente laboral seguro para todos os envolvidos, sensibilizando a sociedade para que a redução da violência seja uma prioridade nas políticas públicas.
Descritores:
Violência no Trabalho; Enfermeiras e Enfermeiros; Saúde do Trabalhador; Serviços Médicos de Emergência; Agressão; Saúde Pública