Objetivo:
identificar os níveis de ansiedade e da autoeficácia para amamentação entre puérperas nos intervalos de 60, 120 e 180 dias pós-parto; verificar a influência da ansiedade na autoeficácia para amamentação entre essas puérperas.
Método:
estudo analítico, longitudinal e prospectivo, com 186 puérperas, utilizando-se um questionário de caracterização sociodemográfica e obstétrica, o Inventário de Ansiedade Traço-Estado e a Breastfeeding Self-Eficcacy Scale - Short Form. As análises foram feitas pela estatística descritiva, e utilizado o Teste Exato de Fisher.
Resultados:
a maioria das puérperas apresentou baixo nível de ansiedade-traço (55,4%), baixo nível de ansiedade-estado (66,2% aos 60 dias, 72,8% aos 120 dias e 75,5% aos 180 dias) e alto nível de autoeficácia (77,3% aos 60 dias, 75,3% aos 120 dias e 72,1% aos 180 dias de puerpério). Baixos níveis de ansiedade-traço e de ansiedade-estado associaram-se com a autoeficácia elevada aos 60 dias (p=0,0142 e p=0,0159 respectivamente).
Conclusão:
é necessária uma maior atenção à saúde mental das puérperas, considerando que mulheres que apresentaram baixos níveis de ansiedade tiveram maiores níveis de autoeficácia, situação que pode implicar em maior tempo de aleitamento materno exclusivo.
Descritores:
Aleitamento Materno; Ansiedade; Autoeficácia; Pesquisa em Enfermagem; Saúde Materno-Infantil; Saúde Mental