Objetivo
identificar os fatores associados à utilização e à reutilização de máscaras entre brasileiros durante a pandemia da COVID-19.
Método
estudo transversal desenvolvido nas cinco regiões brasileiras, entre adultos, via formulário eletrônico por meio de mídias sociais, contendo informações gerais e referentes à utilização de máscaras. Foram utilizadas análises bivariadas e regressões logísticas binárias para identificar fatores associados à utilização e à reutilização.
Resultados
participaram do estudo 3.981 (100%) pessoas. A utilização de máscaras totalizou 95,5%, (IC 95%: 94,8-96,1), com destaque para as de tecido (72,7%; IC 95%: 71,3-74,1) e as cirúrgicas (27,8%; IC 95%: 26,5-29,2). A porcentagem de reutilização foi de 71,1% (IC 95%: 69,7-72,5). A maioria (55,8%; IC 95%: 51,7-60,0) que usa, exclusivamente, máscara cirúrgica reutiliza-a. O sexo feminino e o contato prévio com pessoas com sintomas respiratórios aumentaram as chances de utilização (p≤0,001). Contudo, o sexo feminino diminuiu a possibilidade de reutilização da máscara cirúrgica (p≤0,001).
Conclusão
a quase totalidade dos participantes relatou utilizar máscaras, sendo mais recorrente a de tecido. Os achados chamam atenção para uma prática de risco, a reutilização da máscara cirúrgica e de papel. Diretrizes, políticas públicas e estratégias educativas são necessárias para o desenvolvimento de práticas assertivas no controle e prevenção da COVID-19.
Máscaras; Pandemias; Coronavirus; Infecções por Coronavírus; COVID-19; Reutilização