Objetivo:
analisar a ocorrência de diagnóstico tardio de infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana e seus fatores associados.
Método:
trata-se de estudo epidemiológico, transversal e analítico, realizado com 369 pessoas acompanhadas por Serviços de Assistência Especializada, em tratamento antirretroviral, entrevistadas por meio de questionário. Realizou-se análise univariada, utilizando-se os testes Qui-quadrado de Pearson ou exato de Fisher e o teste de Kruskall-Wallis, e análise multivariada, pelo modelo de regressão logística ordinal de chances proporcionais.
Resultados:
observou-se a ocorrência de 59,1% de diagnóstico tardio da infecção; a probabilidade de diagnóstico mais tardio é maior entre pessoas que têm parceria fixa, quando comparadas aos que não têm; com o aumento da idade, particularmente, acima dos 35 anos; entre os que possuem menor escolaridade; para os que buscam os serviços de saúde para realizar o teste de HIV quando se sentem doentes; para aqueles que fazem o teste de HIV com menor frequência ou nunca o fazem após relação sexual sem preservativo com parceria fixa.
Conclusão:
o conhecimento da elevada proporção de diagnóstico tardio e de seus fatores associados verificados neste estudo tornam imperiosos o planejamento e a implementação de novas políticas e estratégias que visem ao diagnóstico oportuno da infecção.
Descritores:
HIV; Síndrome de Imunodeficiência Adquirida; Infecções por HIV; Diagnóstico Tardio; Diagnóstico Precoce; Estudos Transversais