Objetivo:
analisar o perfil sociodemográfico e de formação dos profissionais de Enfermagem do estado de São Paulo em relação às Práticas Integrativas e Complementares em Saúde.
Método:
estudo transversal, desenvolvido com 3.794 profissionais de Enfermagem do estado de São Paulo, provenientes de 645 municípios. Para a coleta de dados, utilizou-se um questionário online contendo as variáveis sociodemográficas e de formação profissional. Foi construído um modelo de regressão de Poisson múltiplo hierárquico, considerando a formação em práticas como variável dependente, com nível de significância de 5%.
Resultados:
dos 3.794 (100%) participantes, 479 (12,62%) tinham formação em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde. As práticas mais frequentes foram a auriculoterapia, a Medicina Tradicional Chinesa/acupuntura e o Reiki . As modalidades de formação predominantes foram cursos livres, presenciais e teórico-práticos. As variáveis idade, sem religião formal, nível superior de formação e especialização, carga horária de trabalho e conhecimento e experiência prévia sobre práticas integrativas apresentaram significância.
Conclusão:
os resultados indicam a necessidade de incentivar e expandir a formação em Práticas Integrativas e Complementares em Saúde dos profissionais de Enfermagem, a fim de fortalecer sua atuação nos serviços de saúde.
Descritores:
Enfermagem; Papel do Profissional de Enfermagem; Formação Profissional; Perfil Profissional; Terapias Complementares; Métodos Terapêuticos Complementares
Destaques:
(1) 39% dos profissionais de Enfermagem desconhecem as PICS.
(2) Baixa proporção (14,5%) de profissionais de Enfermagem com formação em PICS.
(3) Auriculoterapia, MTC/acupuntura e Reiki são as formações mais frequentes.
(4) Cursos livres, presenciais e teórico-práticos são predominantes na formação.
(5) Há grande discrepância na carga horária de formação em PICS.