RESUMO
Objetivo:
identificar os fatores de risco para óbito em pacientes que sofreram eventos adversos não infecciosos.
Método:
estudo de coorte retrospectivo com pacientes que sofreram Eventos Adversos (EA) não infecciosos em uma Unidade de Terapia Intensiva. Foi utilizado o método de Kaplan Meier para estimar a probabilidade condicional do óbito (teste log-rank 95%) e os fatores de risco associados ao óbito por meio da regressão de Cox.
Resultados:
pacientes acima de 50 anos apresentaram um risco de 1,57 vezes, indivíduos acometidos por infecção/sepse apresentaram quase 3 vezes o risco. Os pacientes com Simplified Acute Physiology Score III (SAPS3) superior a 60 pontos tiveram 4 vezes maior risco, enquanto os que possuíam escala de Charlson superior a 1 ponto apresentaram, aproximadamente, 2 vezes maior risco. A variável número de eventos adversos se mostrou como fator de proteção reduzindo o risco de óbito em até 78%.
Conclusão:
pacientes que sofreram evento adverso e que têm mais de 50 anos de idade, com infecção/sepse, maior gravidade, ou seja, SAPS 3>30 e Charlson >1, apresentaram maior risco de óbito, no entanto o maior número de EA não contribuiu para o aumento do risco de óbito.
Descritores:
Cuidados Críticos; Unidades de Terapia Intensiva; Fatores de Risco; Mortalidade; Segurança do Paciente; Enfermagem