Objective: analisar as atitudes dos enfermeiros frente à morte no contexto hospitalar após o período crítico da pandemia por COVID-19 em Portugal.
Método: estudo quantitativo, descritivo, exploratório, realizado em um hospital universitário, com a participação de 995 enfermeiros. Para a coleta de dados, utilizou-se a Escala de Avaliação do Perfil de Atitudes acerca da Morte, sendo os dados analisados por meio de estatísticas analítica e inferencial.
Resultados: a concordância dos enfermeiros foi mais elevada nas afirmativas relativas às atitudes de Aceitação Neutral/Neutralidade e Medo. A idade, o estado civil, a categoria profissional e a área de trabalho foram variáveis que influenciaram as atitudes face à morte. Durante o período crítico da pandemia, os enfermeiros em atendimento à COVID-19 apresentaram as médias das atitudes Medo (28,89/±8,521) e Evitamento (18,35/±7,116) superiores em relação à atitude Aceitação como Escape, que apresentou diferenças significativas (p=0,004).
Conclusão: os enfermeiros adotaram posturas de Medo e Evitamento, o que revela a necessidade de investir-se na qualificação e no apoio dos profissionais de Enfermagem, para o enfrentamento da morte daqueles que cuidam e o manejo das pandemias e catástrofes.
Descritores: Atitude Frente à Morte; Morte; Enfermagem; Infecções por Coronavírus; Pandemias; Hospitais