Objetivo: analisar a efetividade de uma intervenção de apoio na sobrecarga e no estresse de cuidadores familiares e no grau de independência dos sobreviventes de Acidente Vascular Cerebral, em comparação ao Grupo Controle.
Método: estudo quase-experimental realizado com 37 participantes (Grupo Intervenção n=20 e Grupo Controle n=17). A intervenção durou 8 meses. Os desfechos dos cuidadores (sobrecarga e estresse) e dos sobreviventes (grau de independência) foram mensurados pelas escalas de Zarit, Estresse Percebido e Katz, nos momentos: pré-intervenção, quarto mês da intervenção e pós-intervenção. As diferenças desses desfechos intergrupos e intragrupo e o tamanho do efeito foram calculados pelos testes de Mann-Whitney e de Friedman (ajuste de Bonferroni pelo Wilcoxon) e o coeficiente de Kendall W.
Resultados: o Grupo Intervenção reduziu a sobrecarga (p=0,039) e o estresse (p=0,009), principalmente, após 8 meses de intervenção, o que não foi observado no Grupo Controle. O grau de independência não se alterou entre os grupos ou momentos (p>0,05). A intervenção apresentou tamanho de efeito moderado (p=0,45 e p=0,54).
Conclusão: A intervenção foi efetiva para reduzir a sobrecarga e o estresse dos cuidadores familiares, mas não alterou o grau de independência dos sobreviventes de Acidente Vascular Cerebral, quando comparada ao Grupo Controle.
Descritores: Enfermagem Baseada em Evidências; Cuidadores; Família; Acidente Vascular Cerebral; Programa; Apoio Social