Resumo
Objetivo:
o cuidado de adolescentes com ou sem doença crônica deve ser completo, padronizado e focado nas demandas individuais e no processo de transição para a assistência ao adulto e adesão ao tratamento. Este estudo teve como objetivo caracterizar a assistência prestada por enfermeiros do estado de São Paulo que atuam com adolescentes.
Método:
trata-se de um estudo transversal e descritivo sobre a assistência prestada a adolescentes por enfermeiros de São Paulo, a partir das respostas a um questionário autoaplicável, disponível no instrumento REDCap entre agosto de 2018 e outubro de 2019.
Resultados:
os participantes responderam a 1632 questionários. Apenas 38% dos enfermeiros trabalham com adolescentes, e 11,2% deles de forma exclusiva. Os profissionais foram divididos de acordo com a mediana de tempo de experiência profissional nos Grupos A e B (≤ 5 anos e > 5 anos). A dependência de drogas (p=0,01) e o trabalho com uma equipe multidisciplinar (p=0,04) foram significativamente mais relatados no Grupo B. O acompanhamento rotineiro (p=0,02) e o questionamento sobre violência sexual ou física (p=0,03) foram significativamente mais realizados pelos profissionais do Grupo A.
Conclusão:
este estudo identificou a necessidade de um protocolo de assistência que possa ser replicado em larga escala e que inclua o tratamento e as particularidades dos adolescentes para melhorar a adesão e a transição para o cuidado do adulto.
Descritores:
Adolescente; Saúde do Adolescente; Medicina do Adolescente; Enfermagem; Terapia; Planejamento de Assistência ao Paciente
Destaques:
(1.) A consulta de enfermagem é essencial para os adolescentes. (2) Os protocolos de cuidado devem abordar as particularidades dos adolescentes. (3) A transição para o cuidado do adulto é importante e merece atenção. (4) A remuneração pode impactar o desempenho das atividades, atualizações e treinamentos dos enfermeiros.