Boca seca |
Pede-se ao paciente que abra a boca e coloque a língua para fora. Avalia-se a evidência de qualquer ressecamento aparente, como mucosa seca, grudenta, colante, saliva espumosa ou pegajosa, ou ausência de saliva visível, aspecto esbranquiçado, ou pontos de sangramento. Complementa-se a avaliação questionando o paciente sobre sua percepção atual da secura da boca, comparando-a com uma condição em que ele considera normal a umidade da boca.
Conclusão: se uma ou duas condições avaliadas foram atendidas, o paciente apresenta boca seca.
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Garganta seca |
Solicita-se que o paciente abra a boca. Avalia-se a ausência de umidade na porção distal da boca com o auxílio de uma lanterna. Complementa-se a avaliação questionando o paciente sobre sua percepção atual da secura da garganta, sensação de queimação, desconforto na garganta, como “arranhamento”, comparando-a com uma condição em que ele considera normal a umidade da garganta.
Conclusão: se o paciente apresenta uma ou mais características avaliadas, ele apresenta garganta seca.
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Lábios ressecados |
Inspecionam-se os lábios, avaliando presença de rachaduras, descamações, inflamações, sangramento, coloração esbranquiçada ou avermelhada e diminuição de mobilidade. Observa-se se, durante a avaliação, o paciente utiliza a língua para umedecer os lábios. Complementa-se a avaliação perguntando ao paciente se ele sente que seus lábios estão ressecados, comparando-os com uma condição em que seus lábios estejam normais.
Conclusão: se o paciente apresenta uma ou mais características avaliadas, ele apresenta lábios ressecados.
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Saliva grossa |
Inspeciona-se a cavidade oral do paciente. Observa-se se a saliva tem aspecto grosso, de pequena fluidez. Complementa-se a avaliação perguntando ao paciente se ele sente que sua saliva está grossa, comparando-a com uma condição em que sua saliva esteja normal.
Conclusão: se o paciente apresenta uma ou mais características avaliadas, ele apresenta saliva grossa.
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Língua grossa |
Inspeciona-se o aspecto da língua do paciente. Observa-se se existe aumento visível do tamanho da língua, eritemas, fissuras. Complementa-se a avaliação perguntando ao paciente se ele sente que sua língua está grossa, comparando-a com uma condição em que sua língua esteja normal.
Conclusão: se o paciente apresenta uma ou mais características avaliadas, ele apresenta língua grossa.
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Característica Definidora |
Definição Operacional |
Constante deglutição de saliva |
Observam-se os movimentos de deglutição. Ações de constante movimentação da língua em busca de saliva, seguida de tentativa de deglutição. Complementa-se a avaliação perguntando ao paciente se ele está tentando engolir saliva para umedecer a garganta.
Conclusão: se o paciente apresenta uma ou mais características avaliadas, ele apresenta constante deglutição de saliva.
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Vontade de beber água |
Paciente verbaliza desejo de beber água. Pergunta-se ao paciente se ele está com vontade de beber água.
Conclusão: se o paciente responder afirmativamente, considera-se presente essa característica.
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Gosto ruim na boca |
Pergunta-se ao paciente se ele está com gosto ruim na boca.
Conclusão: se o paciente responder afirmativamente, considera-se presente essa característica.
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Relato do cuidador |
Cuidador relata que o paciente apresenta sinais indicando que está com sede. Questiona-se o cuidador ou familiar sobre a presença de sinais que indicam que o paciente está com sede.
Conclusão: Se o cuidador responder afirmativamente, considera-se presente essa característica. Adicionalmente, anotam-se quais características ele observou.
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Fator Relacionado |
Definição Operacional |
Jejum pré- e pós-operatório |
Avalia-se o tempo em que o paciente está sem ingerir alimentos sólidos e líquidos. Pergunta-se ao paciente quando foi sua última ingestão de alimentos sólidos e líquidos. |
Respiração oral |
Pede-se que o paciente inspire profundamente e observa-se a presença de respiração oral. Ele pode apresentar a boca levemente aberta durante a respiração. Verifica-se presença de obstrução nasal. |
Desidratação |
Observa-se a presença de mucosas secas, diminuição do fluxo salivar, turgor de pele diminuído, diminuição na frequência urinária.
- Avaliar mucosas secas: pede-se ao paciente que abra a boca e coloque a língua para fora. Avalia-se a evidência de qualquer ressecamento aparente, como mucosa seca, grudenta, saliva espumosa ou pegajosa, ou ausência de saliva visível. Para complementar a avaliação, deve-se questionar o paciente sobre sua percepção atual da secura da boca, comparando-a com uma condição em que ele considera que a umidade da boca esteja normal.
- Avaliar turgor de pele: realiza-se prega no dorso da mão do paciente e observa-se a formação e manutenção de prega na pele. Se a prega continuar após a retirada da mão do avaliador, deduz-se que o turgor de pele está diminuído.
- Avaliar o tempo de jejum;
- Avaliar balanço hídrico, se houver;
- Avaliar perda de sangue;
- Avaliar reposição hídrica.
Em crianças:
Observam-se sinais de desidratação na criança, como: fadiga, mucosas secas, lábios ressecados, retorno da prega cutânea abdominal maior que dois segundos, choro sem lágrimas, irritabilidade, olhos fundos. Observam-se fontanelas. Questiona-se o cuidador sobre mudanças na criança relacionadas à desidratação (turgor de pele, fontanelas, aspectos gerais).
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Perda insensível de hidratação pela respiração |
No pós-operatório: avalia-se o procedimento anestésico inalatório e a utilização de suplementação de oxigênio por cateter nasal ou máscara sem umidificação. |
Hipovolemia |
Avalia-se a descrição de sangramento durante a realização do procedimento cirúrgico ou no pós-operatório. Verifica-se a presença de hipotensão, sudorese, taquicardia e outros sinais de choque.
Procedimento anestésico: utilização de anestesia raquimedular resulta em vasodilatação causada pelo bloqueio simpático. Já agentes empregados na anestesia geral diminuem inicialmente a capacidade de o organismo realizar a vasoconstrição. Anota-se qual o procedimento anestésico utilizado.
Hipotensão: verifica-se a pressão arterial. Compara-se a pressão atual com a pressão basal no pré-operatório: se for 20% menor que a da entrada, o paciente pode ser considerado hipotenso.
Frequência cardíaca: verifica-se a frequência cardíaca por meio da palpação e contagem do pulso radial. O paciente estará taquicardíaco se o valor observado for igual ou maior que 100 batimentos por minuto.
Perda sanguínea: verifica-se nos documentos que relatam o intraoperatório qual a descrição do sangramento: pequeno, médio ou grande. Verifica-se o aspecto do curativo.
Sudorese: verifica-se a presença de sudorese.
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Boca seca |
Avaliação da cavidade oral. Pede-se ao paciente que abra a boca e coloque a língua para fora. Avalia-se a evidência de qualquer ressecamento aparente, como mucosa seca, grudenta, colante, saliva espumosa ou pegajosa, ou ausência de saliva visível, aspecto esbranquiçado, ou pontos de sangramento. Complementa-se a avaliação questionando o paciente sobre sua percepção atual da secura da boca, comparando-a com uma condição em que ele considera normal a umidade da boca.
Conclusão: se uma ou duas condições avaliadas foram atendidas, o paciente apresenta boca seca.
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Hábito de beber água |
Pergunta-se ao paciente quantas vezes por dia costuma ingerir líquidos e em que quantidade, complementando a pergunta com as informações abaixo:
- Frequência de consumo;
- Preferência de consumo/bebida;
- Período do dia de maior consumo;
- Preferência de temperatura.
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Temperatura do ambiente elevada |
Mensura-se a temperatura do ambiente. Pergunta-se se ele está com calor. |
Condições Associadas |
Definição Operacional |
Intubação |
Avalia-se se houve intubação endotraqueal durante o procedimento anestésico.
Houve intubação orotraqueal?
Qual a duração do procedimento anestésico?
- Início do procedimento anestésico;
- Término do procedimento anestésico.
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Restrição hídrica |
Avalia-se a existência de restrição de ingestão ou infusão de líquidos por relato do paciente ou no prontuário médico. Avalia-se, no prontuário médico ou pelo relato do paciente, a existência de restrição de ingestão ou infusão de líquidos. |
Utilização de anticolinérgicos muscarínicos e nicotínicos |
Avalia-se se, durante o procedimento anestésico-cirúrgico, foram utilizados anticolinérgicos.
Medicamentos anticolinérgicos: atropina, biperideno, benactizina, buscopan, diciclomina, homatropina, ipratrópio, triexafenid, tropicamida
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