OBJETIVO:
avaliar a associação entre demandas psicológicas, controle sobre o trabalho e a redução da capacidade para o trabalho em trabalhadores de enfermagem.
MÉTODO:
estudo transversal, envolvendo 498 trabalhadores de enfermagem de um hospital universitário do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. A coleta de dados foi realizada em 2009, utilizando-se as versões brasileiras do Índice de Capacidade para o Trabalho e da Job Stress Scale e, para a análise dos dados, modelos de regressão logística.
RESULTADOS:
evidenciou-se prevalências de 43,3% e de 29,7% de redução da capacidade laboral e de alta exigência no trabalho (alta demanda psicológica e baixo controle), respectivamente. As chances de os trabalhadores em alta exigência apresentarem redução da capacidade para o trabalho foram maiores e significativas quando comparados aos classificados em baixa exigência, mesmo após ajustes por possíveis confundidores, exceto idade e sexo.
CONCLUSÃO:
constatou-se elevada prevalência de redução da capacidade laboral. A evidência alerta para a necessidade de investigação e análise detalhada dos aspectos psicossociais, relacionados ao processo de saúde/adoecimento dos trabalhadores de enfermagem.
Trabalho; Enfermagem; Avaliação da Capacidade de Trabalho; Saúde do Trabalhador; Estresse Psicológico; Doenças Profissionais