Objetivo:
analisar um processo de Educação Permanente em Saúde sobre saúde mental com equipes de Saúde da Família.
Método:
pesquisa-intervenção realizada com 20 trabalhadores de duas equipes da Estratégias de Saúde da Família. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas e 12 encontros de reflexão com cada equipe. Utilizaram-se os princípios da Socioclínica Institucional para guiar os encontros e a análise dos dados.
Resultados:
foram identificadas sete pistas balizadoras para o processo de Educação Permanente em Saúde: efeitos produzidos a partir das escolhas de inclusão da gestão no planejamento dos encontros, revelando modos instituídos de trabalho; atenção ao não controle nos movimentos de formação; utilização da restituição nos encontros, diminuindo o enrijecimento e tensões; atenção às instituições que nos atravessam; análise de implicação da facilitadora da formação, redirecionando comportamentos e atitudes; problematização acerca do objeto, instrumento e finalidade, que favoreceram a reflexão acerca do cuidado em saúde mental e aprender a facilitar e vivenciar a Educação Permanente em Saúde no ato de fazer.
Conclusão:
a Socioclínica auxiliou a vivência de facilitar a formação em serviço, apontando pistas para a construção coletiva de conhecimento contextualizado, reflexivo e problematizador.
Descritores:
Educação Permanente; Formação Profissional; Saúde Pública; Saúde Mental; Atenção Primária à Saúde; Enfermagem em Saúde Pública