Objetivo: identificar a prevalência e os fatores associados ao workaholism entre docentes de pós-graduação stricto sensu em enfermagem.
Método: estudo transversal com 333 docentes enfermeiros de mestrado/doutorado de 47 universidades públicas brasileiras. Os participantes responderam a um questionário de caracterização e a Dutch Work Addiction Scale, que foram analisados descritivamente e por regressão logística múltipla.
Resultados: a prevalência de workaholism foi de 10,5%. Os fatores associados às dimensões do workaholism foram: possuir relacionamento conjugal, estar insatisfeito com trabalho e sono, indicar baixa capacidade de concentração e poucas oportunidades de lazer, pertencer aos Programas de Pós-graduação com conceitos 3, 4 e 5, receber bolsa produtividade em pesquisa, considerar a influência negativa do labor sobre a vida, mostrar dificuldade de compatibilizar trabalho com vida pessoal, apresentar ansiedade laboral, sentir pressão para realizar publicação científica, elaborar mais de 11 artigos concomitantemente, emitir mais de 21 pareceres no último ano, desenvolver mais de 11 horas semanais além do regime de trabalho e dedicar menos de 10 horas semanais à pós-graduação.
Conclusão: há indicativo de workaholism nos docentes investigados e os fatores associados estiveram relacionados às condições e exigências laborais. As universidades devem aderir aos modelos gerenciais que englobem a promoção de saúde ocupacional.
Descritores: Saúde do Trabalhador; Educação de Pós-Graduação em Enfermagem; Docentes; Universidades; Desempenho Profissional; Condições de Trabalho