Objetivo:
examinar a manutenção de vínculos interna e externa em homens vivenciando o luto por um ser querido.
Método:
estudo correlacional, descritivo e de corte transversal. Amostra de conveniência de 170 homens em luto. As variáveis foram: mediadores do luto, manutenção de vínculos e dados sociodemográficos. Utilizou-se um questionário online composto por mediadores de luto, escala de manutenção de vínculos e dados sociodemográficos. Empregou-se estatística descritiva, análise de variância e coeficiente de Spearman. Nível de significância p<0,05.
Resultados:
os participantes tinham uma média de idade de 36,61 anos (DP=13,40) e 80,00% tinham ensino superior. A média de manutenção interna dos vínculos foi de 24,85 (DP=7,93) e a de manutenção externa foi de 7,68 (DP=2,33). Foram estabelecidas diferenças significativas para a manutenção dos vínculos internos e externos entre os parentes do falecido (p<0,001), nenhuma com a causa da morte ou o tempo decorrido desde a morte. Não foram encontradas correlações significativas entre a manutenção dos vínculos internos e externos e os mediadores do luto.
Conclusão:
os homens em luto expressaram a manutenção interna dos vínculos com frequência e a manutenção externa dos vínculos ocasionalmente, com diferenças a respeito de quem era a pessoa falecida. A enfermagem poderia criar estratégias específicas para fortalecer o enfrentamento do luto nesse grupo.
Descritores:
Adaptação Psicológica; Causas de Morte; Homens; Luto; Morte; Pesar
Destaques:
(1) A manutenção de vínculos era comum com o ente querido falecido.
(2) A expressão de manutenção de vínculos interna foi frequente após a morte.
(3) Diante da perda, a expressão de manutenção de vínculo externa foi ocasional.
(4) Houve diferenças de parentesco na manutenção de vínculo interna e externa.
(5) Não houve associações entre a manutenção de vínculos e os mediadores do luto.