Objetivos:
este estudo teve como objetivo estimar e comparar a confiabilidade das medições de temperatura obtidas com um termômetro temporal infravermelho periférico, um termômetro cutâneo central (“ Zero-Heat-Flux ”) e um termômetro esofágico ou nasofaríngeo entre pacientes cirúrgicos eletivos no período intraoperatório.
Método:
estudo longitudinal com medidas repetidas realizado por amostragem de conveniência de 99 pacientes, com 18 anos ou mais, submetidos a cirurgia eletiva de câncer abdominal, com duração de anestesia de pelo menos uma hora, com cada paciente tendo sua temperatura medida pelos três métodos.
Resultados:
o coeficiente de correlação intraclasse mostrou uma baixa correlação entre as medições usando o termômetro temporal periférico e os termômetros cutâneo central (0,0324) e esofágico/nasofaríngeo (-0,138). Houve uma alta correlação (0,744) entre os termômetros centrais avaliados.
Conclusão:
os dados do presente estudo não recomendam o uso de um termômetro infravermelho temporal como estratégia para medir a temperatura corporal de pacientes submetidos a procedimentos anestésico-cirúrgicos. O termômetro cutâneo central e o termômetro esofágico/nasofaríngeo são equivalentes para detectar hipotermia intraoperatória.
Descritores:
Enfermagem; Alterações na Temperatura Corporal; Temperatura; Enfermagem Perioperatória; Centros Cirúrgicos; Termômetros
Destaques:
(1) Alta correlação entre os termômetros cutâneo central e esofágico/nasofaríngeo.
(2) O uso de termômetro infravermelho temporal não é recomendado no período perioperatório.
(3) O tipo de termômetro pode comprometer a avaliação da temperatura no intraoperatório.