Objetivo:
avaliar a associação entre a realização de classificação de risco e o tempo porta-antibiótico no paciente com suspeita de sepse.
Método:
estudo de coorte retrospectivo, com amostra de 232 pacientes com suspeita de sepse atendidos no pronto atendimento. Foram distribuídos em 2 grupos: com e sem classificação de risco. Identificado o tempo porta-antibiótico, realizou-se análise de variância de um fator com post hoc de Bonferroni ou teste T-Student independente para variáveis quantitativas contínuas; testes de correlação de Pearson, correlação bisserial por pontos ou correlação bisserial para análises de associação; e procedimento de bootstrap quando não havia distribuição normal de variáveis. Para a análise dos dados foi utilizado o software Statistical Package for the Social Sciences.
Resultados:
o tempo porta-antibiótico não diferiu entre o grupo que recebeu classificação de risco comparado ao que não foi classificado. O tempo porta-antibiótico foi significativamente menor no grupo que recebeu classificação de risco de alta prioridade.
Conclusão:
não houve associação entre o tempo porta-antibiótico e a realização ou não da classificação de risco, tampouco com internação em enfermaria e em unidade de terapia intensiva, ou com o tempo de internação hospitalar. Observou-se que quanto maior a prioridade, menor o tempo porta-antibiótico.
Descritores:
Sepsis; Triaje; Serviço Hospitalar de Emergência; Antibacterianos; Enfermagem em Emergênci; Cuidados Críticos
Destaques:
(1) A realização da classificação de risco tem impacto favorável no manejo da sepse.
(2) Quanto maior a prioridade clínica classificada, menor o tempo portaantibiótico.
(3) O tempo porta-antibiótico não diferiu entre os grupos classificado e não classificado.
(4) A classificação de risco assertiva é mais importante que a sua implementação em si.