Objetivo:
avaliar a carga de trabalho da enfermagem e seus fatores relacionados na assistência às mulheres hospitalizadas com cânceres ginecológicos e mamários, segundo o Nursing Activities Scores , adaptado a pacientes oncológicos.
Método:
estudo epidemiológico de corte transversal. Participaram mulheres com câncer ginecológico e/ou mamário, maiores de 18 anos, hospitalizadas por período mínimo de 24 horas. Coletados, do prontuário, dados sociodemográficos, clínicos, Karnofsky Performance Status e carga de trabalho, segundo Nursing Activities Score adaptado. Os fatores relacionados à carga de trabalho foram analisados por regressão linear múltipla.
Resultados:
pontuação média do Nursing Activities Scores foi 29,3%, denotando sete horas de assistência diária por paciente. Os fatores relacionados à carga de trabalho diferiram conforme diagnóstico de câncer de mama ou ginecológico (β= - 0,01; p<0,001), tratamento clínico ou cirúrgico (β= - 0,03; p<0,001) e capacidade funcional na admissão (β= 0,07; p<0,001), pelo Karnofsky Performance Status .
Conclusão:
evidenciou-se maior carga de trabalho para atendimento de mulheres com câncer ginecológico sob tratamento clínico e com menor capacidade funcional na admissão. Os achados revelam direcionamentos para otimização de recursos, melhorias em processos e fluxos de trabalho, a fim de promover ambiente laboral favorável e assistência de qualidade.
Descritores:
Carga de Trabalho; Saúde Ocupacional; Equipe de Enfermagem; Serviço Hospitalar de Oncologia; Enfermagem Oncológica; Saúde da Mulher
Destaques:
(1) Estudo pioneiro no uso do instrumento NAS, adaptado para oncologia hospitalar.
(2) Tratamento clínico do câncer ginecológico/mamário demanda maior carga de trabalho.
(3) Capacidade funcional na admissão da mulher com câncer influencia a carga de trabalho.
(4) Câncer ginecológico demanda maior carga de trabalho da enfermagem do que câncer de mama.