Os diversos estados depressivos diferem em sua psicodinâmica e nas narrativas que originam. Há um "discurso depressivo", onde o estado de ânimo é contextualizado, e os investimentos afetivos mantidos. Mas a capacidade de encadeamento de significantes depende do luto do objeto arcaico, luto esse impossibilitado na melancolia. Surge daí um "discurso melancólico" onde se observa uma ausência de historicidade para os afetos, em uma narrativa niilista e pobre em expressões fantasmáticas.
Depressões; narrativas; ideal do eu; luto