As pesquisas sobre os grupos “de alto risco” (filhos de pais esquizofrênicos), assim como os estudos prospectivos na população geral, mostram que os futuros esquizofrênicos apresentam, comparativamente aos sujeitos-controle, atrasos do desenvolvimento psicomotor, déficits cognitivos e algumas particularidades comportamentais. Tais dados parecem confirmar a idéia segundo a qual a esquizofrenia corresponderia a um distúrbio neurodesenvolvimental cuja expressão varia ao longo da vida. As especificidades clínicas e evolutivas dos raros casos de esquizofrenia iniciando-se na infância levam alguns autores a pensar que se trataria de uma entidade específica e cujo pertencimento ao “espectro autista” necessita ainda ser estudado.
Criança; expressividade psicopatológica; esquizofrenia; espectro autista