O artigo tem como objetivo investigar os processos de comunicação subjacentes à linguagem verbal presentes na relação analítica. Analisaremos como o conceito de transferência se modifica na literatura psicanalítica, abrindo espaço para as dinâmicas intersubjetivas do setting. Dialogando com a teoria do apego e seus fundamentos etológicos, apresentaremos os fenômenos borderlines, marcados por intensas manifestações corporais no contexto das relações interpessoais. Em seguida, defenderemos a hipótese de que há em todo sujeito um núcleo inacessível à fala, que aparece como material clínico principalmente na análise de pacientes graves, onde a experiência traumática se inscreve em níveis sensoriais.
Palavras-chave:
Psicanálise; clínica; manejo;
borderline