A partir de duas entrevistas semi-diretivas o autor apresenta alguns aspectos dos resultados de uma pesquisa clínica realizada com pacientes do hospital geral consumindo remédios psicotrópicos. Trata-se de evidenciar como, para alguns pacientes, o consumo e a prescrição tomam um sentido relacionado às questões em jogo na filiação narcisica. As análises clínicas remetem essencialmente à função de suporte imaginário de transmissão que os remédios podem revestir, tanto quanto ao seu papel nos conflitos entre pertinência e diferenciação em relação ao grupo familiar.
Filiação narcisica; remédios psicotrópicos; fantasma de transmissão; pertinência; diferenciação