O sacrifício na teoria psicanalítica, e desde o corpus freudo-lacaniano, é uma das conseqüências dos paradoxos do pai. Precisa-se acudir ao mito do sacrifício de Abraham para esclarecer as questões dos paradoxos dos Nomes-do-Pai e do fracasso da metáfora paterna, e assim destacar que não é possível reduzir os Nomes-do-Pai à dita metáfora. Sendo o sacrifício uma resposta à falta do Outro, e com o que se pretende sua captura, esse oferecimento pretende garantir que o Outro existe, seja pelas vias do gozo ou pelas do desejo. Traçamos esse oferecimento de sacrifício no mito de Abraham e Issac e suas conseqüências na clínica do desejo e do gozo.
Sacrifício; Nomes-do-Pai; objeto a; voz; gozo; desejo do Outro