Este artigo apresenta os Serviços Residenciais Terapêuticos como dispositivos essenciais à consolidação da reforma psiquiátrica no Brasil, e propõe uma abordagem clínica a partir da psicanálise. A função principal do psicanalista seria transmitir aos cuidadores um modo de lidar com os moradores nas situações cotidianas na casa e na rua não reproduzindo a postura tutelar característica da lógica manicomial. As principais indicações são sustentar um saber-não-saber como estratégia clínica e fazer valer os recursos subjetivos dos moradores como meios de manejar a convivência.
Serviços Residenciais Terapêuticos; psicanálise; reforma psiquiátrica; sujeito