O Estupor Melancólico e o Estupor Maníaco são quadros clínicos das mais completas apatia e inibição motora, hoje tornados raros devido às intervenções psiquiátricas. Eles parecem corresponder aos pontos da máxima pressão possível da pulsão de morte: dirigida, respectivamente, contra o próprio Eu e contra os objetos – naquele sujeito e naquele período de sua vida. Sendo então o estado clínico do ponto intransponível de toda melancolia e de toda mania, esses dois estupores devem compor um verdadeiro elo perdido entre a melancolia e a mania, para a psicanálise.
Se a relíquia de Pierre Fédida é, no luto, o fragmento de permanência daquilo que morreu, o autor propõe a romaria do sujeito ao seu tesourinho de criança como uma imagem regressiva apropriada à melancolia e à mania.
Psicanálise; psiquiatria; melancolia; mania