Desde sua formulação por Bleuler em 1911, a generalização do ter-mo "autismo", principalmente em consequência de sua utilização por Kanner em 1943 e de reformulações trazidas por autores de inspiração kleiniana, implica problemas que nos enganam, atrapalhando nossa percepção e compreensão das realidades clínicas. Nossas possibilidades psicanalíticas podem ser ampliadas por um conhecimento claro da história da psicanálise, uma abordagem dinâmica da classificação psiquiátrica e dos problemas relacionados com nossa concepção do enquadre. Baseado em uma história de caso, o autor mostra como uma criança e sua família elaboram os principais sintomas autísticos. Propõe-se também novas abordagens a alguns conceitos psicanalíticos.
Autismo; psicose; história; narcisismo; identificação; enquadre; psicanálise