Acessibilidade / Reportar erro

Avaliação das potencialidades dos extratos vegetais de jurema preta (Mimosa tenuiflora) e cajueiro (Anacardium occidentale L.) para uso em embalagens ativas antimicrobianas e antioxidantes

Evaluation of the potentials of jurema preta (Mimosa tenuiflora) and cajueiro (Anacardium occidentale L.) extracts for use in antimicrobials and antioxidants active packaging

RESUMO

As embalagens têm como função básica proteger o alimento e garantir a sua integridade comercial. Podem ser produzidas a partir de materiais biodegradáveis com funcionalidades específicas, tais como ação antimicrobiana e antioxidante. Além disso, pesquisas vêm sendo desenvolvidas de modo a substituir os aditivos sintéticos por outros naturais, como os extratos vegetais, devido aos compostos químicos presentes em suas misturas. O poli(butileno adipato co-tereftalato) - (PBAT) vem sendo extensivamente estudado como uma possível substituição aos polímeros convencionais devido à sua biodegradabilidade. Desse modo, o objetivo desse trabalho foi avaliar as potencialidades dos extratos vegetais de jurema preta (Mimosa tenuiflora) e cajueiro (Anacardium occidentale Linn), a fim de aplicá-los como aditivos em embalagens de PBAT com propriedades ativas antioxidantes e antimicrobianas. Os extratos foram obtidos pela técnica de extração Sohxlet em três diferentes tempos, 4, 6 e 8 horas, cujo melhor rendimento ocorreu nos tempos de 6 horas para jurema preta e 4 horas para cajueiro. No teste de presença de flavonóides o extrato de jurema preta apresentou maior concentração e no teste de fenólicos totais, utilizando o método de Folin-Ciocalteau, o cajueiro obteve maior concentração. Ambos os extratos apresentaram capacidades antioxidantes significativas pelos dois métodos, fosfomolibdênio e DPPH. cajueiro apresentou melhor halo de inibição frente ao Staphylococcus aureus, e, por isso, foi determinada a sua concentração mínima inibitória (CMI), 0,0170 g.mL-1. Esse extrato foi incorporado ao PBAT, para o ensaio de migração no meio etanólico, por meio do qual foi determinado um modelo cinético e foi observado que a taxa de migração, 0,0167 ?g.mL-1.min-1, foi reduzida em cerca de um dia, indicando bom potencial do extrato para esses tipos de embalagem.

Palavras-chave
embalagens ativas; embalagens antioxidantes; embalagens biodegradáveis; extratos vegetais; cinética de migração

Laboratório de Hidrogênio, Coppe - Universidade Federal do Rio de Janeiro, em cooperação com a Associação Brasileira do Hidrogênio, ABH2 Av. Moniz Aragão, 207, 21941-594, Rio de Janeiro, RJ, Brasil, Tel: +55 (21) 3938-8791 - Rio de Janeiro - RJ - Brazil
E-mail: revmateria@gmail.com