RESUMO
A resistência à compressão do concreto (fck) geralmente é estimulada pelo ensaio de compressão axial, sendo os métodos não destrutivos apontados como segunda opção. O objetivo do estudo é avaliar a qualidade do concreto através de ensaios ultrassônicos e esclerométricos, correlacionando-os ao método de compressão axial. Foram realizados 60 corpos de prova de concreto com idades de 7, 14 e 28 dias. Os resultados dos ensaios de ultrassom apresentaram maior dispersão para 7 dias de idade, possivelmente devido ao seu estágio inicial de cura. Com o avanço da cura, a precisão do ensaio de ultrassom melhorou significativamente, especialmente aos 28 dias. Pode-se afirmar, com 95% de confiança, que resultados de velocidade de propagação de onda acima de 4550 m/s representam resistência à compressão característica superiores a 25 MPa e resistência média superior a 30 MPa. No ensaio de esclerometria, os resultados indicaram resistências superiores às obtidas no ensaio de compressão axial. Para resultados de resistência característica à compressão esclerométrica superior a 38 MPa, os resultados do fckk esperados são de 25 MPa, com 95% de confiança. Concluiu-se que os resultados deste estudo apontam para a existência de uma correlação eficaz entre a resistência à compressão obtida nos ensaios distintos.
Palavras-chave
resistência à compressão; ultrassom; esclerometria; ensaios não destrutivos