RESUMO
Objetivo Avaliar a associação entre padrão de consumo alimentar e gordura visceral materna.
Métodos Estudo observacional realizado durante consulta pré-natal com gestantes de Porto Alegre, Brasil. O padrão de consumo alimentar gestacional foi estimado através de recordatório alimentar habitual, questionando sobre todos os alimentos consumidos em um dia de semana normal e suas respectivas quantidades. Os depósitos de gordura foram aferidos por ultrassonografia. A correlação entre variáveis simétrica foi avaliada por correlação de Pearson e a acorrelação entre variáveis assimétrica foi avaliada por correlação de Spearman. A associação entre as variáveis foi avaliada por regressão linear multivariada, sendo as variáveis com distribuição assimétricas transformadas em logarítimo.
Resultados Foram incluídas 154 gestantes, com média da espessura da gordura visceral de 44,17 mm±15,03 e mediana do valor energético total diário de 2149,25 kcal [1676,53-3051,72]. Foi encontrada uma correlação positiva e significativa (p=0,049; r=0,165) entre a espessura da gordura visceral e o consumo de ingredientes culinários.
Conclusão Os achados do presente estudo sugerem que o consumo de ingredientes culinários processados pode estar diretamente associado aos depósitos de gordura visceral em gestantes.
Palavras-chave: Consumo alimentar; Gestação; Gordura intra-abdominal; Obesidade