RESUMO
Objetivo
Este estudo se propôs a investigar se atitudes, crenças, práticas, hábitos alimentares e estado nutricional dos responsáveis influenciam os hábitos alimentares e o estado nutricional de crianças de 6 a 9 anos.
Methods
Estudo transversal com 164 crianças e um respectivo responsável por sua alimentação (n=164), desenvolvido em Unidades de Saúde da Família do município de Ribeirão Preto (SP). Realizaram-se aferição de peso e estatura, aplicação do Questionário de Alimentação da Criança e Recordatório Alimentar de 24 horas (para cálculo do Índice de Qualidade da Dieta Revisado), além de verificação da adesão aos Passos da Alimentação Saudável do Ministério da Saúde, por meio de um questionário.
Results
Os resultados obtidos mostraram que as prevalências de sobrepeso foram de 18,3% nas crianças e de 32,9% nos responsáveis, e as prevalências de obesidade foram de 15,9% e 37,9%, respectivamente. Os responsáveis da maioria das 56 crianças que apresentaram excesso de peso também tinham excesso de peso (82,1%; n=46). A preocupação com o peso da criança foi maior entre os responsáveis das crianças acima do peso (3,6±1,29). Por outro lado, uma maior pressão para comer foi identificada entre os responsáveis com crianças com baixo peso ou peso normal (3,3±0,97 e 3,9±0,99, respectivamente). O escore médio do Índice de Qualidade da Dieta Revisado das crianças (50,0±13,6) foi muito similar ao dos responsáveis (56,5±12,1).
Conclusions
Os responsáveis exercem influência direta no estado nutricional e hábitos alimentares das crianças, devendo ser alvos nos processos de intervenção nutricional para a prevenção e o tratamento da obesidade infantil.
Palavras-chave
Alimentação infantil; Comportamento alimentar; Consumo de alimentos; Estado nutricional; Obesidade pediátrica