RESUMO
Objetivo
A presença de fontes alimentares ricas em compostos bioativos na dieta humana torna-se fator preponderante no combate à etiologia de diversas patologias. Assim, o objetivo desta pesquisa foi avaliar o perfil de ácidos graxos, índices de funcionalidade cardiovasculares, compostos bioativos e padrão espectroscópico do óleo da pupunha vermelha e suas implicações para a saúde humana.
Métodos
O óleo foi obtido por extração via soxhlet; seu rendimento e qualidade foram determinados segundo as normas da Association of Official Analytical Chemists. Para o perfil de ácidos graxos, seguiram-se as recomendações práticas da American Oil Chemists’ Society e da International Organization for Standardization. Os carotenoides e polifenóis totais foram estipulados por espectrofotometria; a constituição de grupos químicos, por espectroscopia de infravermelho. Os índices antiaterogênico, antitrombogênico e hipocolesterolêmico foram obtidos por modelos matemáticos.
Resultados
Os resultados evidenciaram um óleo com boa qualidade, com base nos índices de acidez e peróxido (2,45±0,33mg KOH g-1 e 5,47±1,05mEq kg-1). O principal composto bioativo desse fruto foi o β-caroteno (832,4±0,64µg/100g). O perfil cromatográfico revelou um elevado teor de ácidos graxos saturados (53,74%); os insaturados (46,25%) se mostraram distribuídos em monoinsaturados (39,66%) e poli-insaturados (6,59%). Os índices de antiaterogênico, antitrombogênico e hipocolesterolêmico foram, em média, respectivamente 1,10; 2,04 e 0,84. O perfil espectroscópico apresentou destaques com variação de 2918,8cm-1 a 714cm-1.
Conclusão
Os resultados indicam que o consumo do conteúdo lipídico isolado da pupunha atua na proteção da saúde, em especial para a prevenção de agravos cardiovasculares.
Palavras-chave
Antioxidante; Arecaceae; Ácidos graxos