RESUMO
Objetivo
Avaliar o consumo alimentar dos participantes da Coorte de Universidades Mineiras, de acordo com grau de processamento, e sua relação, com fatores socioeconômicos, comportamentais e individuais.
Método
Participaram desse estudo 4.124 indivíduos da linha de base da Coorte de Universidades Mineiras (2016 e 2018). O consumo alimentar foi autorrelatado por um questionário online de frequência de consumo alimentar. Os alimentos foram divididos em: Grupo 1: alimentos in natura, minimamente processados, ingredientes culinários e preparações culinárias; Grupo 2: alimentos processados; e Grupo 3: alimentos ultraprocessados. Foi utilizado modelo de regressão linear múltipla hierarquizada para verificar os fatores associados.
Resultados
O Grupo 1 se associou positivamente à prática de atividade física, sexo feminino, idade, cor da pele “não branca” e presença de diabetes Mellitus; e negativamente ao estado civil “não casado/sem união estável”, consumo abusivo de álcool, uso do tabaco, obesidade e depressão. O Grupo 2 se associou positivamente ao consumo abusivo de álcool, uso do tabaco e idade; e negativamente à prática de atividade física, sexo feminino e cor da pele “não branca”. O Grupo 3 se associou positivamente ao estado civil “não casado/sem união estável", obesidade e depressão; e negativamente à prática de atividade física, idade, cor da pele “não branca” e presença de diabetes Mellitus.
Conclusão
Destacam-se os fatores que estão em pelo menos um dos modelos de regressão linear hierarquizada final: estado civil, atividade física, consumo abusivo de álcool, uso do tabaco, sexo, idade, cor da pele, obesidade, diabetes mellitus e depressão.
Palavras-chave:
Ingestão de alimentos; Política nutricional; Análise de regressão; Determinantes sociais da saúde