RESUMO
Objetivo:
Avaliar a equivalência transcultural e as propriedades psicométricas da versão brasileira da Escala de Apoio Social para Hábitos Alimentares Saudáveis.
Métodos:
A escala foi aplicada em 381 indivíduos com idade entre 24 e 86 anos, residentes em Recife e Belo Horizonte, Brasil. A equivalência transcultural foi avaliada por consenso de especialistas. As propriedades psicométricas foram analisadas pela validade fatorial (análise fatorial exploratória), consistência interna (alfa de Cronbach) e reprodutibilidade (Coeficiente de Correlação Intraclasse). Para análise de reprodutibilidade, foi utilizado o teste-reteste com intervalo de até sete dias entre as aplicações.
Resultados:
A análise fatorial identificou dois fatores para cada fonte de apoio social (amigos e família). O agrupamento das questões ocorreu de acordo com o tipo de apoio recebido (comentários positivos ou negativos). Os autovalores dos fatores de apoio social da família foram 3,22 e 3,00, correspondentes a 62,2% da variância. Para o apoio social dos amigos, os autovalores foram 3,02 e 2,95, explicando 59,7% da variância. Na avaliação de consistência interna, os valores de alfa variaram de 0,83 a 0,75. A reprodutibilidade resultou em valores de coeficiente de correlação intraclasse de 0,676 a 0,873. Todos os valores foram aceitáveis, indicando validade e confiabilidade do instrumento.
Conclusão:
A versão brasileira da Escala de Apoio Social para Hábitos Alimentares Saudáveis apresentou equivalência transcultural e propriedades psicométricas adequadas para aplicação em adultos e idosos. É um instrumento de fácil aplicação e bem avaliado em relação à clareza das questões e opções de resposta.
Palavras-chave:
Hábitos alimentares; Apoio social; Validades dos testes