RESUMO
Objetivo
Identificar preferências, motivações e atividades profissionais de nutricionistas das Escolas Técnicas Federais no Brasil referentes à área de atuação, potencialidades e fragilidades e nível de satisfação no trabalho. Como também avaliar a relação entre a realização de atividades profissionais específicas e satisfação no trabalho.
Métodos
Trata-se de um estudo transversal, com abordagem quantitativa e análise descritiva. Nutricionistas responderam um formulário online no Google FORMS® sobre identificação, aspectos interpessoais, atividades profissionais e satisfação no trabalho. Estatísticas descritivas foram realizadas para todas as variáveis. Testes t de Student e U de Mann-Whitney foram usados para verificar diferenças nos níveis de satisfação entre nutricionistas que executam ou não certas atividades profissionais, considerando significativo p<0,05.
Resultados
Participaram do estudo 195 nutricionistas de todos os estados brasileiros, exceto Acre e Amapá. 95,1% eram do sexo feminino, com mais de 11 anos de formação (43,8%), atuando na Instituição de 1 a 5 anos (51,4%), e concursados (99,5%). A estabilidade do serviço público motivou 70,3% a trabalharem na área. A maioria declarou-se comprometida (67,6%) e deseja permanecer (27,6%). A dificuldade em conciliar atividades de gestão e educação alimentar e nutricional foi a principal fragilidade (25,4%). A satisfação, avaliada em 3,61 numa escala de 1 a 5, diferiu significativamente (p<0,05) conforme a realização das atividades profissionais.
Conclusão
Uma comunicação efetiva entre os envolvidos no Programa Nacional de Alimentação Escolar, maior participação e autonomia nas decisões administrativas, além de apoio para suas atividades obrigatórias, podem elevar a satisfação dos nutricionistas nas escolas técnicas federais.
Palavras-chave
Satisfação no emprego; Nutricionistas; Alimentação escolar