RESUMO
Objetivo Este estudo avaliou o uso da rotulagem nutricional e a percepção sobre a confiabilidade das informações por consumidores.
Métodos Pesquisa transversal, exploratória e de abordagem quantitativa, realizada no município de Curitiba, Brasil. Participaram 536 estudantes, de uma instituição pública, respondendo um questionário estruturado. Foram realizadas análises descritivas, teste Qui-Quadrado e teste exato de Fisher, considerando nível de significância de 5%.
Resultados A idade média dos participantes foi 21,11±2,83 anos, sendo 59,3% do sexo feminino. Quanto ao uso das informações nutricionais, 41,6% utilizavam às vezes e 14,7% sempre, principalmente porque gostavam de saber o que estavam comprando e consumindo (35,8%). A falta de paciência (29,5%) e de preocupação com a composição do alimento comprado (34,2%) foram os principais motivos pelos quais não utilizarem as informações. A alegação nutricional mais utilizada foi “sem gordura trans” (42,5%) e o tipo de alimento em que mais se utilizou a rotulagem nutricional foi leite e derivados (42,0%). O uso frequente das informações nutricionais foi maior entre as mulheres (p<0,01) e os praticantes de atividade física (p=0,04). Muitos indivíduos confiavam nas informações presentes nos rótulos dos alimentos (61,9%), porém, destes, 43,6% não as utilizavam no momento da compra. Não foram observadas diferenças entre a confiança das informações, os dados sociodemográficos ou de saúde dos entrevistados.
Conclusão Muitas pessoas ainda não usam as informações nutricionais, sendo necessário esforços para mudar este panorama. Alterações na rotulagem nutricional podem mudar este processo, com o uso de informações mais claras, de fácil entendimento, que não gerem dúvida ao consumidor.
Palavras-chave Alegação de propriedades funcionais; Informação nutricional; Rotulagem de alimentos; Adulto jovem