RESUMO
Objetivo
Avaliar os fatores associados ao consumo proteico de idosos.
Métodos
Estudo transversal descritivo realizado com 295 idosos usuários de centros para terceira idade e unidades de saúde do Município de São Caetano do Sul, São Paulo. O consumo proteico (g e g/kg) foi obtido na avaliação do recordatório de 24 horas, que foi reaplicado numa subamostra de 30% para estimar o consumo habitual, com intervalo máximo de duas semanas. A associação entre proteína e variáveis sociodemográficas, econômica, de saúde e dietéticas foram testadas por meio de regressão linear múltipla.
Resultados
Houve associação positiva entre o consumo de proteína (g e g/kg) e melhor Índice de Qualidade da Dieta Revisado, entre o consumo de proteína (g) com o sexo masculino, e associação negativa entre proteína (g/kg) e maior circunferência da panturrilha. Maior consumo médio de proteína (g e/ou g/kg) foi observado entre idosos casados, com maior renda e escolaridade, economicamente ativos, eutróficos, sem dislipidemia e sintomas de disfagia, que consumiram as três refeições principais e lanche intermediário.
Conclusão
Os resultados demonstraram que o consumo proteico foi associado à qualidade da dieta, sexo e circunferência da panturrilha. A identificação de grupos de idosos propensos à inadequação proteica pode direcionar intervenções individuais e coletivas com intuito de prevenir a redução de massa muscular e suas implicações, como sarcopenia e outros desfechos adversos.
Palavras-chave
Idoso; Envelhecimento; Proteínas na dieta; Consumo de alimentos