RESUMO
Objetivo
Avaliar a associação da força de preensão palmar com indicadores do estado nutricional em doentes renais crônicos.
Métodos
Trata-se de um estudo transversal, descritivo, com abordagem analítica. Realizado entre maio e setembro de 2022, no Hospital das Clínicas de Pernambuco, Recife, Brasil. Foram avaliadas variáveis demográficas, clínicas, antropométricas e bioquímicas. Os indivíduos foram classificados como baixa ou alta força de preensão palmar, segundo o sexo e o membro superior avaliado, a partir de um padrão de referência nacional.
Resultados
Foram incluídos 81 pacientes de ambos os sexos, com uma média de idade entre 54,69±16,03 anos. Segundo o índice de massa muscular 12,3% e 18,7% dos pacientes adultos e idosos respectivamente estavam classificados como desnutridos. Quanto à força de preensão palmar, 92,4% dos pacientes foram classificados como baixa força. Os pacientes com baixa força de preensão palmar, tinham uma maior média de idade (55,81±15,91), menor média de altura (1,61±0,09) e circunferência muscular do braço reduzida (23,48±4,24), mostrando uma significância estatística de p=0,025; 0,045 e 0,022 respectivamente.
Conclusão
Pode-se concluir que a baixa força de preensão palmar está associada a massa muscular reduzida e a idade elevada dos pacientes e sugere-se que a força de preensão palmar possa ser utilizada de rotina na prática clínica como preditor de perda de massa magra em pacientes com doença renal crônica.
Palavras-chave
Doença renal; Força muscular; Nutrição; Avaliação nutricional