RESUMO
Objetivo
Este estudo teve como objetivo testar a associação entre a ingestão de proteína e o ganho de peso na gestação.
Métodos
Foi realizado um estudo transversal com 297 mulheres que deram à luz na maternidade do Hospital Municipal Leonel de Moura Brizola, na cidade de Mesquita, situada na baixada do estado do Rio de Janeiro. Os dados sociodemográficos e antropométricos foram coletados na primeira semana após o parto, com base em um questionário estruturado. Aplicou-se um questionário de frequência do consumo alimentar para avaliar a Ingestão de Proteína durante a gravidez, que foi classificada como alta ou baixa de acordo com os valores medianos observados. Adotou-se a regressão hierárquica linear múltipla para estimar o efeito da ingestão de proteína (ptn) por quilograma (kg) sobre o ganho de peso.
Resultados
As gestantes apresentaram, em média, um ganho de peso de 12,8kg (DP=6,34) e um Índice de Massa Corporal Pré-Gestacional de 26,8kg/m2 (DP=4,78). As gestantes com alta ingestão de proteína apresentaram valores significantemente menores em relação ao peso no pós-parto (p<0,01) e ao Índice de Massa Corporal pré-gestacional (p<0,001). No modelo final, todas as covariáveis (energia, escolaridade, renda familiar e idade gestacional) foram associadas ao desfecho (p<0,05), sendo verificada uma associação negativa entre a ingestão de ptn/kg e o ganho de peso (b=-4.3025; -6.0215; -2.5836 IC95%; p<0,01). No modelo adicional, observou--se uma associação negativa entre o Índice de Massa Corporal Pré-Gestacional e o ganho de peso (b=-4.3025; IC95%=-6.0215; -2.5836; p<0,01).
Conclusão
A pesquisa concluiu que teores elevados de proteína dietética foram associados com menores valores de ganho de peso na gestação.
Palavras-chave
Gravidez; Ingestão de proteína; Ganho de peso