RESUMO
Objetivo
O objetivo deste estudo foi avaliar a ingestão de nutrientes antioxidantes por gestantes atendidas em rede pública de saúde e os fatores associados.
Métodos
Trata-se de estudo transversal com gestantes atendidas na rede pública de saúde do município de Maceió no ano de 2014, sendo incluídas 385 gestantes e seus recém-nascidos. Foram coletadas informações acerca das mães (dados socioeconômicos, pessoais, de pré-natal, dietéticos e antropométricos) e, após o parto, dos recém-nascidos (idade gestacional, peso e comprimento ao nascer). A ingestão alimentar foi avaliada por dois recordatórios alimentares de 24h, relatados pela gestante, com posteriores ajustes pelo método Estimativa de Requerimento Médio. Os dados foram processados, sendo utilizada a correlação de Pearson para avaliar associações, com p<0,05 como significativo.
Resultados
Foram estudadas 388 gestantes, com média de idade de 24,06±5,92 anos, com ingestão inadequada e alta variação da ingestão dos antioxidantes: Vitamina A (83,2%/62,7%), Vitamina C (50,5%/75,7%), Vitamina E (76,5%/60,2%), Selênio (60,8%/ 50,3%), Cobre (98,5%/42,8%) e Zinco (79,6%/43,4%), respectivamente. Adicionalmente, foi observada associação entre a ingestão de vitamina A (p=0,02), Cobre (p=0,01) e Selênio (p=0,01), e o Índice de Massa Corporal materno. Observou-se também associação entre a ingestão de vitamina A (0,04) e selênio (p=0,02) e o peso ao nascer; e de vitamina A (p=0,04) com comprimento ao nascer.
Conclusão
A baixa ingestão de nutrientes antioxidantes por gestantes é uma realidade, estando associada ao Índice de Massa Corporal materno e ao peso e comprimento do recém-nascido ao nascer.
Palavras-chave
Antioxidantes; Consumo de alimentos; Nutrientes; Gestação