RESUMO
Objetivo
O bioma cerrado é rico em espécies frutíferas que destacam-se por suas qualidades sensoriais e por apresentarem potencialidades no mercado de polpas e amêndoas. Dentre essas espécies, o pequi merece atenção porque possui uma amêndoa rica em proteínas e que é pouco explorada. Este estudo teve como objetivo avaliar a qualidade biológica da farinha da semente do pequi desengordurada e suplementada com lisina.
Métodos
Neste estudo foram feitos dois delineamentos: no primeiro os animais foram divididos em quatro grupos: controle, aprotéico, farinha da semente do pequi desengordurada e farinha da semente do pequi desengordurada suplementada com lisina. A dieta aprotéica era isenta de proteínas e as demais dietas apresentavam um teor de 10% de proteínas e diferiram quanto à fonte protéica (caseína: dieta controle e farinha da semente do pequi desengordurada: dietas testes). Esse experimento teve duração de 14 dias. No segundo delineamento, utilizou-se 36 animais que foram acompanhados por 28 dias, a divisão dos grupos experimentais foi mantida, exceto o grupo dieta aprotéica que foi excluído. Ao final dos experimentos, os animais foram anestesiados e eutanasiados.
Resultados
Os resultados mostraram que o coeficiente de eficiência protéica do grupo controle foi significativamente superior aos demais grupos. Para os demais índices biológicos de avaliação da qualidade protéica, os grupos que receberam a farinha da semente do pequi desengordurada não diferiram estatisticamente entre si.
Conclusão
Os achados mostraram um efeito da suplementação no coeficiente de eficiência protéica quando comparamos as dietas testes, no entanto, quando comparado ao grupo controle, não houve melhora.
Palavras-chave
Semente de pequi; Qualidade protéica; Ratos