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Desigualdades sociais e insegurança alimentar em comunidades quilombolas no Brasil

RESUMO

Objetivo

Avaliar a relação entre características sociodemográficas e insegurança alimentar em comunidades quilombolas no Brasil.

Métodos

Os microdados do Censo Quilombola de 2011, “Avaliação da situação de segurança alimentar e nutricional nas comunidades quilombolas tituladas”, foram analisados. A Escala Brasileira de Insegurança Alimentar foi usada para avaliar o nível de insegurança alimentar dessa população. Modelos de regressão multinomial foram utilizados para testar a associação entre características sociodemográficas e insegurança alimentar.

Resultados

A prevalência de insegurança alimentar foi de 86,1% (leve: 30,2%; moderada/grave: 55,9%). No modelo final ajustado, verificou-se que as residências cujos responsáveis eram solteiros/divorciados, com escolaridade entre 1-7 anos, aquelas onde havia maior aglomeração familiar, presença de crianças menores de cinco anos, com precário saneamento básico, da macrorregião Norte do país e famílias com renda mensal familiar inferior a um salário mínimo apresentaram associação significativa com insegurança moderada/ grave (p-valor <0,001).

Conclusão

Os resultados indicaram que as famílias quilombolas apresentavam elevada prevalência de insegurança alimentar, sendo necessária a implementação de políticas públicas para promoção da segurança alimentar e nutricional e que minimizem as históricas injustiças sociais sofridas por essa população.

Palavras-chave
Coenso de população; Grupos étnicos; Segurança alimentar e nutricional; Pobreza; Vulnerabilidade social

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