RESUMO:
Objetivo:
O estudo buscou investigar a associação entre as práticas alimentares parentais e o consumo de alimentos ultraprocessados em crianças pré-escolares.
Métodos:
Estudo transversal realizado com 140 pares de pais e crianças de 2 a 6 anos de idade. As práticas parentais foram avaliadas pelo questionário Comprehensive Feeding Practices Questionnaire. O peso e a estatura das crianças foram aferidos e o escore z de índice de massa corporal para idade, calculado. A avaliação antropométrica dos pais foi realizada por meio do autorrelato de peso e altura e cálculo do índice de massa corporal. O consumo de alimentos ultraprocessados foi avaliado pelo Questionário de Frequência Alimentar da Criança e pelo cálculo de escore de consumo diário. Realizaram-se análises de regressão linear múltipla para avaliar a associação entre as práticas alimentares parentais e o consumo de alimentos ultraprocessados.
Resultados:
O consumo de alimentos ultraprocessados pelas crianças associou-se negativamente à prática parental de “Monitoramento”. Por outro lado, as práticas alimentares parentais de “Regulação da emoção” e “Restrição para saúde” associaram-se positivamente ao escore de consumo de alimentos ultraprocessados.
Conclusão:
Conclui-se que o consumo de alimentos ultraprocessados por crianças pré-escolares relacionou-se às práticas alimentares parentais de “Monitoramento”, “Regulação da emoção” e “Restrição para saúde”. Esses resultados ressaltam a importância do uso de práticas alimentares parentais com desfecho positivo para a promoção de uma alimentação saudável em pré-escolares.
Palavras-chave:
Ingestão de alimentos; Nutrição da criança; Relação parental; Pré-escolar; Alimentos ultraprocessados