OBJETIVO:
Avaliar a influência da suplementação com carboidratos adicionada ao concentrado proteico de ervilha na recuperação muscular, após uma operação militar prática chamada Teste de Reação de Líderes.
MÉTODOS:
Vinte e quatro soldados do Exército Brasileiro foram divididos em três grupos iguais (n=8). Eles receberam a suplementação com carboidrato (0,8 g/kg de peso corporal/h) ou carboidrato mais carboidrato (1,0 g/kg de peso corporal/h) ou carboidrato mais proteína (0,8 g/kg de peso corporal/h de carboidrato + 0.2 g/kg de peso corporal/h de proteína), imediatamente, 60 e 120 minutos após o Teste de Reação de Líderes. Avaliaram-se a força isométrica máxima e a composição corporal antes do Teste de Reação de Líderes, imediatamente após e 24 horas após o teste. Amostras de sangue foram coletadas para análise posterior das concentrações de lactato desidrogenase e creatina quinase.
RESULTADOS:
Vinte e quatro horas após o Teste de Reação de Líderes, as concentrações de creatina quinase estavam significativamente reduzidas em comparação ao momento imediatamente posterior (501.00 ± 422,09 versus 275.29 ± 242.08 U/L (carboidrato); 616.88 ± 291,45 versus 334.57 ± 191,61 U/L (carboidrato+carboidrato) e 636.75 ± 340.67 versus 382.88 ± 234,42 U/L (carboidrato+proteína), p=0,004). A força isométrica máxima e os níveis de lactato desidrogenase não foram significativamente diferentes em nenhum momento.
CONCLUSÃO:
Os resultados sugerem que, em comparação à ingestão do carboidrato isoladamente, a coingestão de carboidrato e proteína não melhora a recuperação da função muscular nem atenua a liberação de marcadores de danos musculares após o exercício.
Creatina quinase; Exercício; L-Lactato desidrogenase; Suplementação alimentar