RESUMO
Objetivo
Realizar avaliações antropométricas e biométrico-hematológicas em escolares da cordilheira dos Andes no Equador, a fim de melhorar o diagnóstico de deficiências nutricionais.
Métodos
O estudo foi realizado na escola San Juan (Chimborazo, Equador), localizada a 3240 metros acima do nível do mar, a 36 crianças de 5 e 6 anos de idade. Foram analisadas as medidas antropométricas (peso, altura e índice de massa corporal) e as concentrações de hemoglobina e hematócrito. A medida da hemoglobina foi avaliada considerando os valores absolutos e os corrigidos pela altura geográfica.
Resultados
A população escolar apresentou alta prevalência de altura baixa (44%). Os valores de hematócrito (p=0,001) e hemoglobina (p=0,003) foram maiores nas meninas. Deve-se destacar que usando o valor normal da hemo-globina, a anemia não foi detectada. No entanto, quase um quinto dos escolares estudados foram diagnosticados com anemia quando os fatores de correção adaptados à altitude foram aplicados.
Conclusão
O uso de fatores de correção adaptados à altitude é considerado fundamental ao fazer uma biometria a os habitantes da zona para evitar um diagnóstico errôneo. Além disso, é necessário estabelecer os fatores ambientais associados ao retardo do crescimento que existe nesta região dos Andes.
Palavras-chave
Anemia; Antropometria; Biometria; Desenvolvimento infantil; População indígena