RESUMO
Objetivo
Avaliar a relação entre o consumo de aminoácidos de cadeia ramificada na dieta atual e os marcadores de adiposidade metabólica e corporal em uma população com perfil de elevado risco cardiovascular.
Métodos
Trata-se de um estudo transversal com 282 adultos e idosos do Programa de Atenção Cardiovascular da Universidade Federal de Viçosa. Dados sociodemográficos, antropométricos e de composição corporal, além de biomarcadores metabólicos, foram coletados utilizando protocolos padronizados. O consumo alimentar de aminoácidos ramificados foi avaliado através de um recordatório de 24 horas.
Resultados
Indivíduos com maior consumo de aminoácidos de cadeia ramificada (≥2,6g/dia, valor da mediana) apresentaram menores valores de gordura corporal (29,6 vs 32,2%; p=0,019) e maiores valores de séricos de ferritina (113,2 vs. 60,1mg/dL; p=0,006) e ácido úrico (4,4 vs. 4,0; p=0,023). Além disso, foi encontrada uma menor prevalência de sobrepeso e excesso de gordura abdominal (p<0,05) nos indivíduos com maior consumo de aminoácidos de cadeia ramificada. Eles também apresentaram um maior consumo diário de fibra, cobre, zinco, magnésio e ferro, além de um menor consumo de lipídios totais.
Conclusão
No presente estudo, o consumo de aminoácidos ramificados está negativamente relacionado à adiposidade total e central, porém mais estudos são necessários para elucidar completamente essa possível relação. (Registro Brasileiro de Ensaios Clínicos, código RBR-5n4y2g)
Palavras-chave
Doenças cardiovasculares; Comportamento alimentar; Isoleucina; Leucina; Sobrepeso; Valina