OBJETIVO: As fissuras de lábio e palato representam as mais comuns das malformações congênitas que envolvem a face e a cavidade bucal. A conduta a ser tomada frente às fissuras de lábio e palato depende da severidade e complexidade das mesmas, através de um tratamento, por meio de uma equipe multidisciplinar, que vise à reabilitação. O propósito deste trabalho é fornecer orientação aos profissionais da área, especialmente, ao cirurgião-dentista, para realização do tratamento em pacientes com estes defeitos congênitos e em situações de complicações pós-operatórias. DESCRIÇÃO DO CASO: O caso clínico aqui relatado ilustra o tratamento de uma paciente portadora de fissura transforame incisivo bilateral completa de lábio e palato, que sofreu trauma facial no período de reabilitação, após a cirurgia ortognática. O sucesso clínico e radiográfico pôde ser observado dois anos após o trauma por queda. CONCLUSÃO: Pacientes que realizaram cirurgia ortognática estão sujeitos a complicações pós-operatórias; infecção, acidentes com veículo motor, armas de fogo, violência doméstica estão entre as causas mais comuns citadas de complicações no pós-operatório tardio. O conhecimento dessas intercorrências possibilita que medidas preventivas sejam adotadas para evitarem-se complicações graves principalmente em pacientes com fissuras que necessitam da abordagem de uma equipe interdisciplinar composta por profissionais de saúde.
Ortodontia corretiva; fenda labial; maloclusão de Angle Classe III; ferimentos e lesões