OBJETIVO: Este estudo objetivou avaliar a prevalência de alterações orais e sua associação com a doença enxerto versus hospedeiro (DEVH) em pacientes submetidos a transplante de medula óssea (TMO). METODOLOGIA: A amostra consistiu de 51 pacientes. Por meio de questionário, foram coletados dados sobre idade, sexo, doença, tipo e tempo de transplante, origem das células e ocorrência da DEVH. Foram realizados exames clínicos extra e intraoral por profissionais especializados. RESULTADOS: DEVH sistêmica foi observada em 32,5% dos pacientes transplantados alogênicos, todos apresentando manifestações orais. Também houve uma associação estatisticamente significante entre DEVH sistêmica e manifestações orais (P<0,001). CONCLUSÃO: Diante da prevalência de alterações orais relativamente alta associada à DEVH em pacientes submetidos ao TMO, o presente estudo confirma a necessidade de se considerar a odontologia no exame, diagnóstico, tratamento e prognóstico de possíveis complicações após o transplante de medula óssea.
Transplante de medula óssea; doença enxerto-hospedeiro; manifestações orais