Resumo
A implementação adequada da arborização urbana é uma das formas de reduzir o impacto social ecológico do crescimento das cidades. O objetivo do presente estudo é inventariar a arborização urbana no bairro do Humaitá, que é um modelo de arborização urbana na cidade do Rio de Janeiro. Objetivamos registrar o status fitossanitário de cada árvore, potenciais usos populares e danos causados à infraestrutura urbana pelas plantas. A coleta de dados foi baseada no inventário das árvores nas ruas e praças do bairro. As árvores foram identificadas e classificadas com base em fitossanidade, impacto na fiação, pavimento, origem e uso. No total, foram contabilizados 1.203 indivíduos pertencentes a 88 espécies e 32 famílias. As espécies mais abundantes foram Pachira aquatica e Terminalia catappa. As famílias mais comumente cultivadas foram Fabaceae e Arecaceae. No total, 67% das espécies contadas e 83% dos indivíduos registrados eram exóticos. Licania tomentosa foi a espécie mais prejudicial à fiação. Licania tomentosa e Ficus benjamina foram as espécies mais danosas a pavimentação das ruas. Com base nos resultados, concluímos que poucas árvores são prejudiciais à infraestrutura da cidade. Do ponto de vista da biodiversidade, existem muitas espécies exóticas e falta um uso mais intensivo de espécies nativas, o que não é positivo dado que a arborização tem forte impacto nos ecossistemas naturais da cidade.
Palavras-chave
Humaitá-RJ; arborização urbana; ecologia-urbana; infraestrutura urbana