A família Asteraceae é de grande representatividade na composição florística do Brasil, e se destaca nas listas da flora ameaçada brasileira devido ao grande número de espécies ameaçadas e com ausência de dados que permita uma definição do status de conservação. A análise comparativa das Listas Vermelhas da Flora do Brasil para Asteraceae é de importância para caracterizar o verdadeiro grau de ameaça das suas espécies diante do crescente processo de degradação ambiental. O estudo estabelece as diferenças dessas listas e diagnostica as áreas e os gêneros mais ameaçados e/ou deficientes em dados. A análise foi baseada na Primeira Lista Oficial da Flora Brasileira, na Revisão da Lista realizada pela Fundação Biodiversitas e na Lista Oficial Atual. Os dados foram organizados em espécies ameaçadas e deficientes em dados, e foram quantificados por gênero e número de espécies. As espécies ameaçadas foram quantificadas também por categoria de ameaça. O Cerrado, a Região Sudeste, o estado de Minas Gerais e os gêneros Lychnophora Mart., Richterago Kuntze e Vernonia Schreb. possuem os maiores números de espécies ameaçadas, e Aspilia Thouars, Baccharis L., Calea L., Eupatorium L., Mikania Willd., Piptocarpha R.Br. e Senecio L. possuem os maiores números de espécies deficientes em dados. Pela não divulgação dos critérios da Lista Oficial atual, a Lista Vermelha da Fundação Biodiversitas reflete melhor a situação de ameaça das espécies de Asteraceae no Brasil. Portanto, é um importante instrumento de subsídio aos projetos para a preservação de espécies ameaçadas e deficientes em dados.
Asteraceae; flora brasileira ameaçada; lista vermelha da flora