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Historical records for a 16th-century monastery: the use of jacarandá-da-bahia

Resumo

O Mosteiro de São Bento foi fundado em 1590, desde a sua fundação conta com um registro histórico composto por artefatos e publicações. Estudar peças em madeira, através da sua anatomia, nos permite saber as espécies empregadas, além dos padrões de escolhas e preferências dos artistas. Muitas peças do Mosteiro de São Bento em seus registros referem Dalbergia nigra como a madeira utilizada em sua confecção. Muitos artefatos do Mosteiro de São Bento foram confeccionados com madeira da espécie Dalbergia nigra (Leguminosae), conhecida popularmente como jacarandá-da-bahia. A pesquisa foi realizada em 36 amostras coletadas de artefatos de madeira e sete exemplares analisados ​​in loco, relatados em documentos como D. nigra e datados do século XVII ao século XXI. As análises anatômicas macroscópicas da madeira foram realizadas seguindo os métodos usuais. Os resultados indicaram que 65% das amostras de madeira eram de D. nigra. Outras madeiras identificadas foram Cedrela sp., Tachigali sp., Paratecoma peroba, Ocotea sp. and Nectandra sp. O mobiliário e bens integrados dos séculos XVII e XX foram confeccionados em sua maioria com jacarandá-da-bahia, enquanto os do século XXI utilizaram outras madeiras. Nossos resultados corroboram outras publicações, que referem D. nigra como a principal escolha para a confecção de mobiliários eclesiásticos nos séculos XVII e XX.

Palavras-chave:
madeiras brasileiras; madeiras históricas; madeiras nativas; anatomia da madeira; identificação da madeira.

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